domingo, 05 de novembro 2006
Uberlândia/João Pessoa
[ fotos: Ênio Martins ©2006 ]
Que maratona!
Tudo começou em Uberlândia, sem maiores incidentes. Eu e Kid Viníl fomos um dia antes do primeiro show para fazer visitas às rádios e TVs locais. O show foi bom mas por ser véspera de feriado, muita gente havia viajado para fora da cidade e o público foi bem menor do que o esperado. O Acrópole é um lugar grande com capacidade para quase 5 mil e a lotação da casa estava apenas pela metade. Mesmo assim, fizemos um bom show e quem estava lá se divertiu pra valer.
Nosso vôo para João Pessoa estava marcado para 4 da manhã então saimos correndo do show para o aeroporto com tempo apenas para um rápido banho no hotel. Chegando lá, fomos informados que o vôo que nos levaria para São Paulo, onde fariamos conexão, havia sido cancelado. Ficamos muitas horas na espera de outro vôo e com isso ficou evidente que não iriamos chegar em João Pessoa a tempo para nosso show no final da tarde (fariamos uma apresentação durante um desfile de moda - um megaevento de 5 dias com um artista diferente a cada dia). Desesperados, ligamos para o contratante local expondo o problema. Este insistiu que fossemos para lá de qualquer maneira, nem que fosse para dar uma palinha no show do dia seguinte, que seria do meu amigo, Leo Jaime. Mas ao chegar em São Paulo, fomos "brindados" com outros atrasos.
Foi decidido que a minha banda ficaria em São Paulo e eu, Enio, (meu manager), Aureo, (meu tecladista) e Nelson, (meu roadie), seguiriamos na viagem. Eu tocaria com a banda do Leo que já conhecia boa parte do meu repertório dos shows que faziamos juntos na turnê do G80.
Mesmo assim, só foi possível chegar em João Pessoa na madrugada do dia 03, já com o sol nascendo! Eu já estava exausto e com medo de não ter voz para cantar. Fui para o hotel e finalmente consegui dormir um pouco. Acordei razoavelmente bem e, milagrosamente, com a voz intacta.
O show, feito meio de improviso - já que não sobrou tempo nem para um breve ensaio com a banda do Leo - acabou dando muito certo. O público, muito participante, ajudou a criar um clima de festa e a beleza das modelos, que desfilavam em torno do nosso palco, foi um colírio para nossos olhos cansados.
Terminado o show, só deu tempo para um rápido banho e lá fomos nós novamente para o aeroporto. Por sorte, nosso vôo estava sem atraso desta vez e 5 horas mais tarde eu estava em casa no Rio, na minha própria cama, dormindo o sono dos justos.
Suspeitíssimo sou pra dizer ou escrever qualquer coisa aqui.
Mas fato é que sair com Ritchie pelo mundo é prazer e experiência singular.
Histórias peculiares, bacanas e engraçadas acontecendo o tempo todo.
Não importa o sucesso, não importa a roubada.
Todos que estamos ao lado dele por aí, adoramos.
Viva a crise nos aeroportos, viva as gig.
Thank you, Mr godfather Court.
irradiado por: Enio em novembro 5, 2006 10:29 PM