quarta-feira, 31 de março 2004
Long Live the Kid!
Velhos amigos
Visitar as rádios é muito chato para a grande maioria dos artistas. Não é que a gente não gosta de ter contato com nosso público ouvinte, muito pelo contrário. Mas é que chegando lá, invariavelmente são as mesmas perguntas de sempre.
- Ritchie você é inglês, né?
- É verdade que a Rita Lee te trouxe pro Brasil?
- Qual é sua música de maior sucesso até hoje?
etc. e tal...
Não é o caso do nosso amigo locutor acima. Esse conhece como poucos a verdadeira história (e estória) do Rock tanto nacional quanto internacional e é uma verdadeira enciclopédia de informações e curtições sonoras.
Ele carrega com orgulho o nome que comprova sua integridade e sabedoria no assunto: Kid Viníl.
E por sermos artistas da mesma safra, é ainda mais prazeroso re-encontrar, seja nos palcos ou no ar, com este amigo dos corredores do programa Barros de Alencar para trocarmos figurinhas musicais e estórias de tempos primordias.
Esse sabe das coisas. Long Live the Kid!
[foto : Rodrigo Rodrigues]
sexta-feira, 26 de março 2004
Our Sweet George
Within You Without You
Ontem eu finalmente consegui ver o dvd do show em homenagem a George Harrison no Royal Albert Hall de Londres. E valeu a espera. O lançamento deste show antológico em novembro do ano passado foi um pouco ofuscado pela campanha maciça em torno do anti-climático Let It Be (Naked) o que é uma pena por se tratar de um dos shows mais emocionantes dos últimos tempos.
É muito comovente ver o palco cheio dos amigos próximos do George e presenciar no rosto de cada um o amor e respeito que todos eles sentiam por esse músico extraordiário. O Paul McCartney, normalmente borbulhante nos palcos, fica visivelmente abalado pela emoção ao cantar For You Blue e All Things Must Pass.
Em destaque, Eric Clapton cantando Beware of Darkness, Joe Brown tocando ukelele em Here Comes The Sun e I'll See You In My Dreams, a surprendente recital da citarista Anoushka Shankar e Billy Preston cantando Isn't It a Pity. Até o meu padim Jim Capaldi dá uma palinha na batera e percussão.
Mas é a presença constante no palco de Dhani Harrison, filho de George, no violão e nas guitarras que mais emociona, dando a impressão (como disse o Paul no show) de que "George continua moço e apenas nós envelhecemos".
All Things Must Pass mas a música de George, certamente, ficará para sempre.
segunda-feira, 22 de março 2004
Titanomania
Branco estreia como baixista no Canecão
Fui almoçar com a birthday girl e nossas filhas e quem estava na mesa do lado? Sergio Britto dos Titãs! Não deu outra, acabamos indo pro Canecão (ringside seats! valeu Sérgio!) para fechar o dia da aniversariante com chave de ouro.
O show foi eletrizante, como é de costume em se tratar da "melhor banda de todos os tempos" da última década. Curioso foi ver o Branco Mello empenhando o baixo (e com bastante empenho) em 4 das muitas músicas novas e antigas que recheiaram o show.
Faz tempo que eu não via um show dos caras mas eles ainda mandam muito bem e a banda sabe se divertir e levantar a plateia como poucas. Muito bom!
Invadindo o camarim do "Invasor" Paulo Miklos
domingo, 21 de março 2004
A Mulher Invisível
Ela está onde ninguém está...
Hoje é o aniversário da minha musa-mor Leda Zuccarelli, amiga, amante, esposa, mãe das minhas duas lindas filhas e com quem estou casado há 31 anos.
Inspiração para várias das minhas músicas, (A Mulher Invisível e Tudo Que Eu Quero em especial), Leda compartilha há mais de três décadas meus momentos de alegria e tristeza e é uma conselheira sábia para quase tudo que eu faço. (Ela até já pilotou nossa luz nos shows primordiais do Vímana no Museu de Arte Moderna do Rio nos anos '70).
Adoro essa mulher e não sei o que seria de mim sem ela.
Ela está onde ninguém está
Ela é dona da noite abandona o dia
Ela mora em nenhum lugar
Ela é pura energia... (A Mulher Invisível)
sábado, 20 de março 2004
Growing Up
Amanhã tem Peter Gabriel ao vivo em Milão na A&E Mundo às 9 da noite. Sei que na TVA é canal 33.
Estou na espera desse dvd do show Growing Up mas agora não tem jeito, vou ver assim mesmo em lo-fi porque sou fã de carteira do PG. Já vi uma dezena de shows desse monstro sagrado dos palcos, inclusive na época em que ele liderava o Genesis. Sempre valeu a pena. Sempre foi uma surpresa. Uma aula de luz, camera, som, imaginação, humor e bom gosto.
Nesse show, ainda inédito no Brasil, ele canta Solsbury Hill andando de bicicleta pelo palco.
Imperdível!
Não perca esta carona musical com Peter Gabriel amanhã
Vinny Vidi Vinci
Vinny Viu a Viuva
Estou dando uma reprise na foto que publiquei no Blog'n'Roll há uns mêses quando fui visitar o Vinny no estúdio Mega, aqui perto de minha casa no Rio.
Ele estava gravando o disco que agora sai pela Indie e meu palpite da época foi certeiro, a primeira música de trabalho é dele e do Bernardo Vilhena, Universo Paralelo. Já pipoca nas rádios de Recife segundo nosso correspondente Sergio Souto Maior da Rádio Cidade local.
Nada a ver com o selo do Lobão do mesmo nome. Ou tudo a ver, sabe lá....
quinta-feira, 18 de março 2004
Som da Rua
Quem??? Fala mais alto, meu filho!
Som da Rua é a mais nova banda contratada pela DeckDisk, que por acaso é a minha gravadora - e a da Pitty e Ultraje a Rigor também - o que já é sinal de que bom gosto, pelo menos, a Deck têm (heh-heh).
A banda do Liô Mariz e Cia. é batalhadora pra cacete e merece como nenhuma outra banda iniciante do Rio o tão sonhado contrato com uma gravadora.
Tive o prazer de dar canja no show deles no Hard Rock Café, como convidado especial, logo quando estava saindo meu cd Auto-Fidelidade em 2002 e foi a primeira banda do mundo a tocar Lágrimas Demais ao vivo. Os meninos têm a energia, vitalidade e musicalidade necessárias para irem longe. E vão com certeza.
Agora a banda poderá aproveitar a expertise dos produtores Rafael Ramos e Rodrigo Vidal (pilotando a mesa do melhor estúdio digital do Rio), para se tornar o verdadeiro som da rua.
Infelizmente, as águas de março me deixaram com uma forte gripe que me impediu de assistir novamente o show no Ballroom na sexta passada, mas estou na torcida para essa banda antenada.
O site da banda sai do ar amanhã e Liô avisa que hoje é sua última chance de baixar os mp3.
- É... caiu na rede da Deck... é peixe, mizufio!
Boa sorte rapaziada! Vocês merecem...
quarta-feira, 17 de março 2004
Noites Cariocas - Troca de Datas
Cheia de encantos mil....
Atenção moçada...
Houve uma mudança nas datas da reprise do Especial Anos 80 no Oi Noites Cariocas. Ontem os organizadores anteciparam o show em uma semana para dias 23 e 24 de abril.
Em breve detalhes no site do Oi Noites Cariocas.
[Leia post anterior sobre o show aqui]
Espero que não haja outra mudança de data, mas em todo caso fiquem ligados no Radar para maiores informações.
E alô mineirada, no dia 1º de maio, na data previamente marcada para o Especial, estarei fazendo show (só eu desta vez, com minha banda) na cidade de Arcos MG.
segunda-feira, 15 de março 2004
Chove Chuva, Chove Sem Parar
Listen to the rhythm of the falling rain
Telling me just what a fool I've been...
Rain, rain, go away
Come again some other day
Raindrops keep falling on my head
But that doesn't mean my eyes will soon be turning red...
Se um dia eu pudesse ver meu passado inteiro
E fizesse parar de chover nos primeiros erros...
Chove chuva, chove sem parar...
Chuva de prata que cai sem parar...
When the rain comes they hide away their heads
They might as well be dead
When the rain comes... When the rain comes...
Red Rain is falling down, red rain...
Lágrimas de chuva molham o vidro da janela
Mas ninguém me vê...
domingo, 14 de março 2004
Sons Dominicais I
OK, acho que é sinal de que eu estou ficando velho mas esse novo disco do Elvis Costello é fantástico. É um disco de crooner, calçado nas lições de casa aprendidas no convívio musical com outro gênio, Burt Bacharach.
Os dois gravaram juntos há alguns poucos anos uma bela e premiadíssima colaboração entitulada Painted From Memory o que na época era uma viravolta de quase 180 graus para Elvis, o chamado angry young man, autor de pancadas musicais como Pump It Up, cuja carreira havia sido lançada em 1976, no auge do Punk Invasion, (embora ele se revelasse ao longo dos anos seguintes um compositor de maior requinte, alcance e gosto musical).
Este North, (que sai pelo prestigiado selo de clássicos Deutsche Grammofon) é recheado de baladas apenas. Todas elas complexas, sofridas e belas ao mesmo tempo.
Destaque vai para When Did I stop Dreaming?, Still e I'm In The Mood Again.
Atenção... este disco não é para todos os gostos e quem gostava do Elvis apenas na sua fase punk vai tomar um susto. Mas os apreciadores da boa música, bem composta, bem cantada, bem arranjada e bem gravada vão se deleitar.
Como dizia o Emerson Fitipaldi:
- Eu rêcomêndo!
sexta-feira, 12 de março 2004
Ao Vivo - Repertório
Gente, eu preciso urgentemente da ajuda de vocês:
Estou decidido que, de algum jeito ou de outro, eu vou gravar um cd ao vivo este ano.
É claro que, sendo esta a primeira vez que faço isso, o cd certamente contará com todos os principais hits da minha carreira como Menina Veneno, A Vida Tem Dessa Coisas, Pelo Interfone, Transas, Vôo de Coração e Casanova.
Mas e o resto? Fora essas acima, quais são as músicas que meu respeitável público mais gostaria de encontrar num cd ao vivo do Ritchie?
Pronto, a sorte está lançada.... participe dessa história!
quarta-feira, 10 de março 2004
A Lei de Svensen
Balançando por um fio!
Alguém aí já ouviu falar na Lei de Svensen?
Svensen é um nome típico sueco (o equivalente de Santos em terra brasilis ou Smith na Inglaterra), e reza a lenda que todo sueco deve se comportar como se fosse um Svensen. Enfim, um Zé Ninguém dos mais discretos.
Sendo os bons socialistas que são, os suecos acham muito feio alguém se desviar do comportamento de um mero 'Svensen'. É considerado vulgar querer se destacar dos outros. (Que ironia! Vulgar deriva da palavra em latim para "povão"). Repare que você quase não vê suecos com moicanos, brinquinhos ou tatuagens nas ruas de Estocolmo. O povo sueco tende a se vestir e se comportar todo meio que igual uns aos outros.
O máximo de ultraje musical na Suécia seria Abba ou Ace of Bass, bandas cujo eficiência pop ninguém discute mas não são exatamente role models de um comportamento bizarro. (Bom, pensando bem...).
Claro que há exeções em todas as sociedades. Deve ser a própria loucura da mesmice que levou o país a ter uma das mais altas indices de suicídio do mundo.
Resumindo, a dita Lei de Svensen seria algo como:
- Apareça só um pouquinho mais do que devia e você vai se dar mal! -
As consequências seriam desgraças mil, inveja alheia e tudo que é ruim. Moral da história? É melhor não se destacar ou botar a boca no mundo para poder viver são e salvo e em paz.
Hoje e ontém fui vitima da Lei de Svensen (pelo menos foi assim que eu percebi na minha cabeça).
Meu blog havia acabado de estreiar e eu estava empolgado (e apavorado ao mesmo tempo com a quantidade de trabalho que tenho pela frente para colocar o novo site todo no ar). Não deu outra: um assistente de eletricista gordo que estava mexendo em alguns fios no telhado do nosso predio, escorregou, quebrou um monte de telhas e resolveu utilizar justamente o cabo coaxial (que é ligado há mais de 10 anos à antena de micro-ondas do meu provedor de internet e tv por assinatura) como apoio para não escorregar mais.
Felizmente a desgraça não foi maior e ninguém se machucou mas o maior prejudicado foi eu, pois acabei perdendo a minha conexão com a internet, e vocês, indiretamente, pois ficaram sem posts durante esses dias enquanto espero a visita técnica do meu provedor.
Hoje vou tentar reinstalar o sistema no bom e velho iMac da minha filha, que também justamente hoje resolveu dar bote! (Se você está lendo isto é porque consegui consertá-lo).
Mas quando o urubú 'tá de azar, mizufio...
- E quem mandou botar a boca no mundo? - diria o Svensen.
segunda-feira, 08 de março 2004
Tudo em Família
Tal Pai (Dadi), Tal Filho (Dani)
Dadi (sim, ele, o "leãozinho" do Caetano) dispensa introduções. Ele é um dos baixistas mais requisitados do Brasil (Barão, Tribalistas, Rita Lee, Jorge Benjor, o próprio Caetano etc.) e a gente passou um ano juntos na banda Tigres de Bengala no meio dos anos '90 mas conheço ele pessoalmente desde a época em que eu ralava com minha primeira banda brasileira, Scaladácida, em São Paulo em 1972.
Nosso empresário, Claudio Prado, cuidava também de outra banda, de som bem mais abrasileirado do que o nosso. Dadi era o baixista de Os Novos Baianos e eu o conheci quando Claudio nos levou para o sítio onde a banda morava, ensaiava e criava filhos.
Anos depois, já no Rio e na época do estouro da Cor do Som, (a banda que Dadi formou com seu irmão Mu e o tocador de "pau elétrico" - como ele mesmo gosta de chamar - Armandinho), Dadi me convidou para fazer os backing vocals numa música que Caetano havia composto para eles, O Dia do Menino Deus".
Deu muito certo pra eles e Dadi passou a achar que eu era pé quente de verdade. De fato, minhas poucas participações acabaram dando muito certo também nos discos do Caetano (cantando Shy Moon) e do Gil (Tempo Rei) mas isso é outra história...
- Hey, Ritchie, tá afim de botar uns backings daqueles no meu disco solo?
-Claro, Dadi, meu irmão.
-Então tô indo aí te apanhar, ta bom?
Era carnaval deste ano e eu estava fazendo coisíssima nenhuma em casa, apenas fugindo dos tamborins....
Ia ser no mínimo, divertido.
As duas músicas eram (e são) lindas de morrer. 2 Perdidos e Quando Quiser. Ambos de Dadi com Arnaldo Antunes e o disco promete. Quem pilotava a mesa com grande finesse e musicalidade era o Daniel, filho do Dadi (veja foto acima). Tudo em casa. Tem participações de Marisa Monte, Rita Lee, Caetano e um monte de gente boa. Nem tem como "dar errado" com um time desses.
E ser "pé quente" assim desse jeito.... vai ser m-o-l-e-z-a...
domingo, 07 de março 2004
No Milk Today
tcl-tcl-tcl-tec-tec-tlk-tlk
Ufá! Cansei!...
Passei o dia inteiro com a cara enfiada na tela do computer tentando desenvolver o site e não deu pra fazer um post decente mas prometo voltar à forma nos próximos dias.
Acabo de colocar um link para a Circular que é minha newsletter. Se você clicar no link (que fica do lado direito da página principal) você pode se cadastrar para receber todas as novidades direto no seu email.
Os assinantes terão direito à brindes eventuais como downloads, sorteios de ingressos e muito mais além de ficarem em dia com os acontecimentos.
Assine já, é grátis e não doi nada...
No SPAM... just news!
Good Night! Preciso dormir um pouco...
sábado, 06 de março 2004
Born in the 50's
nasci em '52 e hoje faço 52... tempus fugit
So... happy birthday to me!
Today is your birthday
It's my birthday too, yeah...
Este blog é o meu presente pra mim e pra você, caro leitor ou leitora.
We're gonna have a good time!
Have some cake!
sexta-feira, 05 de março 2004
Especial Anos 80 II - a Revanche
Pegando fogo no Noites Cariocas 01 fev 2004
Vai ter bis!
Acaba de ser confirmado: o já famoso Especial Anos 80, que arr-e-ben-tou no palco e na platéia do Noites Cariocas (Morro da Urca - Rio) no começo do mês passado, vai voltar em não apenas uma... mas DUAS reapresentações nos dias 30 de abril e 01 de maio.
Não percam se você mora no Rio e gosta de se divertir. Este show marcou tanto as pessoas que o assistiram quanto os artistas que estavam no palco. Acho que o próximo vai ser melhor ainda. Estou avisando com boa antecedência porque os ingressos (1800 lugares apenas) acabaram em questão de horas na primeira vez e muita, muita gente ficou de fora.
Foi mesmo emocionante tocar novamente naquele lugar mágico. Agora este palco iluminado volta a coroar a Baía de Guanabara após tantos anos de abandono. Lá em baixo as luzes brilham como diamantes em torno das curvas sensuais da orla e, dali de cima pelo menos, a cidade ainda parece ser maravilhosa.
É bem possível que outros shows parecidos sejam organizados em outras cidades mas acredito que vai ser dificil reunir Leo Jaime, Kiko Zambianchi, Kid Viníl, Ritchie e Evandro Mesquita novamente, todos de uma vez, num único show.
Portanto aproveitem!
Afinal... não é todo dia que os anos 80 voltam...
;^))
(Update 17/03/04 - Mudança de datas: Estes shows foram antecipados em uma semana para dias 23 e 24 de abril).
quinta-feira, 04 de março 2004
Radar Radar
What's that flashing on your silent screen?
RADAR RADAR (letra e música: Ritchie)
Radar Radar won't you tell me please
What's that flashing on your silent screen?
Radar Radar I've been so alone
I'm in a desert and so far from home
Radar Radar be my guiding light
Or I won't make it through this moonless night
Radar Radar give me one more sign
And wipe the sorrow from this heart of mine
Radar Radar like a Catherine wheel
Of liquid crystal with a heart of steel
Radar Radar you could never show
The pain I'm feeling 'cause I let her go...
Radar Radar give me one more try
Cause I'm not ready for the long goodbye
Radar Radar give me one more sign
And wipe the sorrow from this heart of mine
Radar Radar like a Catherine wheel
Of liquid crystal with a heart of steel
Radar Radar you could never show
The pain I'm feeling 'cause I let her go...
© PopSongs 2002
Faixa do cd AUTOFIDELIDADE