segunda-feira, 21 de novembro 2005
Juventus
O Clube Juventus tem uma sala de espetáculos enorme com capacidade para mais ou menos 5000 pessoas e ela estava lotada para o show de sábado. Era uma festa fechada para o sindicato dos processadores de dados que, pela vista e contrário às minhas expectativas, sabem se divertir pra valer quando estão longe de suas máquinas...
Leo Jaime, infelizmente, não estava se sentindo bem devido a um problema na garganta mas abriu o show com classe, como é de praxe, afinal ele é o idealizador do projeto. O público gostou mas o Leo estava down e se mandou logo após o final do show sem falar com ninguém. Melhoras, Leo, a força está na união!
Em seguida tivemos nosso MC, o Kid Viníl, Leoni, eu e como Gran Finale o Paulo Ricardo. Pena que desta vez o Ênio só clicou a minha participação mas ele estava muito busy durante o show cuidando dos outros detalhes da produção.
A banda tocou muito bem. Tivemos desta vez o auxílio luxuoso de Nando Machado no baixo (que veio substituir o Mingau enquanto este cumpre seu dever como baixista do Ultraje a Rigor).
Para mim, este foi e é o lineup ideal para o show Anos 80. Só falta mesmo o Kiko Zambianchi para completar o dream team. Sem esquecer Roger e Evandro que já participaram do show em outras ocasiões mas nunca todos juntos ao mesmo tempo.
Esse dia ainda há de rolar...
quinta-feira, 17 de novembro 2005
Tramandaí Fotos
E lá fomos nós, rumo ao sul, para mais um show, desta vez em Tramandaí, RS. Foi o primeiro show com Áureo Galli nos teclados. Tivemos uma série de problemas técnicos com o equipamento local de modo que o nosso técnico passasse quase todo o sound-check consertando a mesa do PA. E não ajudou muito quando o dono do pedaço veio insistir, pouco depois de meia-noite, que a gente só entrasse no palco às 3 da manhã. Naquelas alturas, já estavamos todos exaustos e estressados. Mas na hora do showtime, baixou o santo e tudo rolou direitinho nos trilhos, dentro das possibilidades. Teve uma luz bonita e nossa sorte foi de ter levado conosco todo nosso som de palco. Isso, pelo menos, falou bonito.
Nesse sábado que vem (19/11) vai ter G80 no Juventus em SP. Parece que é uma festa fechada. Mas não se preocupe, publicarei as fotos logo em seguida para vcs acompanharem. No cardápio da vez: Paulo Ricardo, Leoni, Leo Jaime, Kid Viníl e Yours Truly...
segunda-feira, 14 de novembro 2005
Top Ten
É nóis... entre os dez dvds mais vendidos segundo a revista Época!
Valeu pela força, galêra!!!
[ agradecimentos pela info ao nosso pesquisador e guitarrista infalível, Marcos Kleine ]
quarta-feira, 09 de novembro 2005
Resenha do CD / DVD Anos 80
Reproduzo abaixo uma resenha escrita pelo jornalista Mauro Ferreira a respeito do nosso DVD que, aliás, já se encontra entre os mais vendidos do país, (graças à vocês que o compraram aos montões, pelo jeito).
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Sábado, Novembro 05, 2005
CD e DVD 'Anos 80' ratificam talento de hitmakers da década como Leo Jaime e Ritchie em calorosa gravação ao vivo
Resenha de CD / DVD
Título: Anos 80 - Multishow ao Vivo
Artista: Vários
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * * *
"Tinha música no ar... Muita gente tocando em garagem sem sonhar com disco". A frase, dita por Ritchie num táxi, abre o making of contido nos extras do DVD Anos 80 - Multishow ao Vivo e procura sintetizar o espírito musical da década em que o mercado fonográfico nacional abriu definitivamente suas portas para o rock produzido no Brasil. Editado também em CD, o projeto do canal Multishow chega às lojas - com distribuição da Som Livre - em meio a outros lançamentos similares produzidos na onda dos revivals dos anos 80.
Muito lixo tem sido jogado no mercado em nome do culto à década. Mas é preciso separar o joio do trigo. Anos 80 - Multishow ao Vivo, gravado em show na casa Olympia (SP) em 26 de agosto, se destaca por reunir talentosos hitmakers da década cujas carreiras não decolaram a partir dos anos 90 por fatores diversos que não tiram o mérito destes compositores. Eles são Leo Jaime, Ritchie e Leoni. As obras dos três resistem bem ao tempo e sustentam o repertório deste CD / DVD, entre hits mais ou menos expressivos de Kid Vinil (Tic-Tic Nervoso e Sou boy), Nasi (o vocalista do Ira!, intérprete de Núcleo Base e de Te Odeio), Dinho Ouro Preto (Independência, Fogo), Dulce Quental e George Israel.
Com seu recente projeto ao vivo solo, Leoni até obteve este ano o reconhecimento e a popularidade a que fazia jus por sua rica contribuição ao pop nacional - não fosse ele co-autor de jóias como Exagerado. Leo e Ritchie ainda não tiveram a mesma sorte, e talvez seja esse o maior mérito do projeto do Multishow: mostrar às novas gerações o quão irresistível é o pop desencanado dos dois e ratificar para os quarentões que curtiram os anos 80 o talento de ambos como autores. Até porque a dupla não deve ser confundida com a turma de artistas destalentados e efêmeros da década que procuram desesperadamente aderir a revivals do tipo para tentar outros 15 minutos de fama.
Diretor artístico do projeto, ao lado do empresário Alexandre Ktenas, Leo se dá melhor do que Ritchie no CD, revivendo sucessos como As Sete Vampiras, A Fórmula do Amor (em dueto com Leoni e com o sax de George Israel) e Rock Estrela. No CD, Ritchie defende apenas Menina Veneno - seu megahit de 1983 - e participa dos números coletivos (Perdidos na Selva e Bete Balanço, tributos ao pioneirismo da Gang 90 de Júlio Barroso e ao cancioneiro de Cazuza, respectivamente). Mas, no DVD, Ritchie vai à forra e recorda Pelo Interfone e Casanova, delícias pop de seu primeiro e antológico LP que pediam mesmo regravações porque meio que caíram no esquecimento.
É claro que há ausências indispensáveis no projeto. A ponto de Kid Vinil ter que representar a Plebe Rude com versão competente de Até Quando Esperar?, feita com o auxílio luxuoso do baixista Mingau. A Legião Urbana de Renato Russo também tinha que estar no DVD de alguma forma, embora sua exclusão tenha se dado somente por questões legais referentes à autorização do cancioneiro da banda - sempre vetado por seus herdeiros para projetos revisionistas do gênero. A ausência dos Paralamas do Sucesso também é indesculpável.
Por outro lado, há presenças dispensáveis - caso da deslocada Dulce Quental, que ainda se recusou a cantar seu maior hit com o grupo Sempre Livre (Sou Free) e tenta esquentar a platéia com morna versão de Fui Eu, música que não entrou para a história da década. No todo, entretanto, a gravação do show é calorosa e mostra como o pop brasileiro dos anos 80 era charmoso porque simples e eficiente, sem o tom cabeça que faria muitas bandas naufragarem a partir da década de 90.
Além de registrar a íntegra do show, o DVD supera o CD por trazer nos extras um bate-papo sobre a cultura pop dos anos 80, gravado na casa paulista Rose Bom Bom com a presença de Leo, de Ritchie, do escritor Marcelo Rubens Paiva (autor do best-seller Feliz Ano Velho) e do fotógrafo Rui Mendes. O papo flui bem, mas poderia ter ganhado consistência sociológica se tivesse contado com um mediador para desenvolver os temas e conduzir os depoimentos sobre mercado, música, drogas e temas afins.
Enfim, vale a pena ver e ouvir sem preconceitos o CD e DVD Anos 80 - Multishow ao Vivo. Nunca o Brasil produziu um pop rock tão sedutor como naquela época. E que ainda convence - mesmo em versões requentadas - duas décadas depois de sua criação.