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sexta-feira, 31 de agosto 2007

Brandão e Plano D (bis)

Ontem participei do segundo show do Arnaldo Brandão & Plano D na Letras & Expressões. Desta vez a platéia estava cheia de celebridades da cena musical carioca: Toni Platão, Marcelo Bonfá (Legião Urbana), Beto Saroldi, Renato Ladeira e Gustavo Shroeder (ambos ex-a Bolha), Tavinho Paes, Kika Seixas, Ary Dias (ex-Cor do Som), Alamo Leal e Paulinho Lima.

Muitos destes subiram ao palco para dar uma canja com Arnaldo. Tavinho declamou outro texto, desta vez almejando a corrupção nas obras públicas. Alamo tocou blues guitar em Inverno Europeu, Renato e Gustavo participaram da psicodélica Tomorrow Never Knows, dos Beatles.

Quando chegou a minha vez, cantamos juntos 2000 Light Years From Home, dos Stones. Apesar de termos errado a forma da música, combinada no ensaio, ninguém na platéia reparou e fomos muito aplaudidos.

Vamos repetir a dose, muito em breve, eu espero. Me diverti pra valer.

Infelizmente, das muitas fotos que eu tirei, sobrou apenas esta. As outras estão todas borradas e inpublicáveis. Uma pena. Better luck next time, I hope.

irradiado por Ritchie [31 de ago 2007, às 15:45]

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domingo, 26 de agosto 2007

Mr. Zipp's Jazz Band


Mr. Zipp's Jazz Band, a banda do meu avô, clicada na India, em 1917

Quando Luiz Paulo Simas tocou os primeiros acordes de Honeysuckle Rose, de Fats Waller, no recital de sexta-feira na Sala Cecília Meireles, (veja post anterior), eu tive o maior flashback. Esta era uma das músicas prediletas do meu avô, James Morrison.

Quando eu era garoto, minha família sempre passava as férias de verão em Grantown-on-Spey, uma cidadezinha pacata, situada nas Highlands da Escócia, onde meus avós tinham uma casa imensa. Eu, meus primos e irmãos gostavamos de passar horas a fio brincando de esconde-esconde no amplo jardim, pescando no riacho que o atravessava, e explorando os misteriosos andares de cima da casa, com seus corredores intermináveis, entreligados por escadarias estreitas e encaracoladas.

A casa exalava um perfume delicioso de exóticas madeiras-de-lei, cedro, cerejeira e pinho-de-riga. Na cozinha, onde minha avó pilotava um imenso fogão a lenha, havia uma vasta coleção de relógios de parede que marcavam as horas numa deliciosa cacafonia simultânea de sinos, cucos e badaladas.

Havia também, em outro canto da casa, uma ampla sala de música, onde nós crianças montavamos pequenos espetáculos para entreter os adultos. Faziamos esquetes de humor, números de mágica e cantavamos canções populares, enquanto meu avô nos acompanhava no piano de cauda que dominava o ambiente.

O estílo musical predileto dele era justamente o Harlem stride piano - parente distante do ragtime - introduzido, na segunda década do século passado, por artistas americanos como o supracitado Fats Waller e James P. Johnson (e depois popularizado por Art Tatum, Count Basie e Duke Ellington, entre outros), onde a mão esquerda dá grandes saltos, alternando entre as notas graves e médias, enquanto a direita dedilha a melodia sincopada. O estílo parecia, aos meus olhos infantis, a coisa mais fácil do mundo. Anos mais tarde, já adulto e músico, eu pude perceber o quanto este estílo exige concentração, técnica e desenvoltura do pianista.

Tenho certeza que a influência do meu avô foi crucial na minha decisão de seguir a carreira de músico. Ainda hoje tenho a foto da banda dele, tirado na India em 1917, em lugar de destaque na parede da minha sala, onde ela serve de inspiração ao me lembrar de seu legado musical, que eu ainda carrego comigo pela vida, com muito orgulho.

irradiado por Ritchie [26 de ago 2007, às 10:40]

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sábado, 25 de agosto 2007

Luiz Paulo Simas na SCM

Tive o privilégio de assistir, no breve espaço de uma semana, os shows de dois queridos irmãos da banda Vímana. O primeiro, do Lobão, já foi amplamente coberto num post anterior. O segundo foi o recital de piano solo de Luiz Paulo Simas, ontem, na Sala Cecília Meireles, dentro da série Sala Jazz.

A diferença no estílo dos shows serviu apenas para ilustrar o quanto estes dois músicos excepcionais evoluiram ao longo de suas carreiras individuais. Enquanto o Lobão enveredou para o rock visceral, engajado, o Luiz vem aperfeicoando, (nos Estados Unidos, onde ele mora há quase vinte anos), um trabalho delicado, que casa o virtuosismo do chorão, Ernesto Nazaré com uma sensibilidade pop mais atual, embora sempre exibindo uma forte influência da música brasileira mais tradicional.

O vasto alcance de seu talento ficou evidente neste concerto, onde ele mostrou composições próprias e alguns clássicos do jazz americano, sempre com arranjos personalíssimos. Ele também canta divinamente e esbanjou humor e originalidade nas suas versões, em português, para standards como Cheek to Cheek, de Irving Berlin.

Mas o ponto alto da apresentação, na minha opinião, foram as belas rendições instrumentais de Someone To Watch Over Me, de Gershwin; as duas composições de um dos fundadores do Jazz, o genial Fats Waller: Honeysuckle Rose e a cabeludérrima Handfull Of Keys - executadas ambas com maestria - e a lindíssima, Meu Bandolim, uma composição própria, na qual Luiz foi acompanhado pela mandolinista norte-americana, Marilynn Mair.

A casa estava lotada e, no final do recital, todos aplaudiram de pé, numa ovação emocionante e mais do que merecida.

Volte sempre, Luiz!

P.S.: Para os cariocas que perderam o recital do Luiz na SCM, vai ter repeteco, desta vez com banda, na livraria Letras e Expressões de Ipanema, no dia 12 de setembro, para marcar o lançamento de seu mais recente cd de inéditas, Cafuné. Não percam.

irradiado por Ritchie [25 de ago 2007, às 08:34]

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sexta-feira, 24 de agosto 2007

Plano D

Os grandes shows nem sempre acontecem nos lugares onde cabem milhares de pessoas. Ontem eu estive na livraria Letras e Expressões de Ipanema, onde presenciei um dos melhores shows dos últimos tempos.

Diante de uma pequena platéia, que não passava de umas cem pessoas, no máximo, Arnaldo Brandão e sua nova banda, Plano D, fizeram um grande show.

Foi um banho de originalidade, a começar pela instrumentação: uma bateria sem bumbo e caixa, (apenas cajón e pratos), tocada com baquetas de feltro; violão de aço, passando por uma pedaleira que destorcia e descaracterizava o som do instrumento; um teclado que fugia dos timbres e acordes manjados e concentrava mais em criar efeitos sonoros complementares. O baixo elétrico foi o único instrumento usado de forma, digamos, convencional.

O resultado é uma textura sonora muito interessante que embala as canções, excelentes por sinal, a grande maioria delas com letra do poeta, Tavinho Paes, um dos dois convidados da noite, ao lado de Luci, o talentoso guitarrista/vocalista da banda atual do Lobão.

Tavinho deu um show à parte, com um texto falado, - Gil Gomes perde.... maravilhoso! - que servia de introdução para a apocalíptica Ano do Dragão.

Mas o que mais me impressionou foi a performance do Arnaldo, seguro e totalmente à vontade. O cara tem estrada, com mais de 30 anos de carreira, quase todos dedicados ao velho rock'n'roll. Primeiro com A Bolha, bem no início dos anos 70, depois como líder da banda de punk-rock, Hanoi Hanoi e como baixista de alguns medalhões da música brasileira, Arnaldo agora aterrissa no formato acústico mas sem cair nos clichés normalmente associados ao gênero.

O melhor de tudo foi o convite que recebi dele, para participar do próximo show, no mesmo local, na próxima quinta-feira, dia 30 de agosto. Vamos cantar juntos uma pérola psicodélica dos Stones, uma de suas bandas prediletas. Qual delas? Ah, isso fica para o post da semana que vem...

Para quem mora no Rio, não perca esta oportunidade de assistir um dos melhores shows da temporada.

Totalmente demais!

irradiado por Ritchie [24 de ago 2007, às 15:00]

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sábado, 18 de agosto 2007

O Bão



Show do Grande Lobo - Circo Voador 17/08/07

Ontem fui ver o Lobão no Circo Voador do Rio. Foi um show maravilhoso.

Abrindo com a dilacerante El Desdichado II, ficou bem claro que, apesar do formato acústico, a noite seria do mais puro roquenrou. O peso da banda me impressionou e o som do Circo Voador estava alto e claro, adjetivos normalmente disassociados em matéria de show no Brasil.

A alegria de tocar "em casa" estava nitidamente estampada no rosto de todos os membros da banda afiada, composta por jovens músicos que esbanjam talento.

Enquanto isso, na platéia, circulavam figurinhas tarimbadas do rock nacional, como Arnaldo Brandão (Hanoi Hanoi), George Israel (Kid Abelha), Luiz Paulo Simas (Vímana) e Lucinha Turnbull (Cilibrinas do Eden).

Lobão, em plena forma e bastante à vontade, brincou muito com a platéia cativa e anunciou a presença de "75% do Vímana", (embora fossemos apenas 60% pela minha conta - eventualmente, algum outro membro da banda foi "desconsiderado" por ele, vai saber), antes de cantar a música que haviamos feito em parceria em 1977, O Mistério.

Gostei muito de ver o grande lobo dominando sua arte e se divertindo tanto. Ele merece. Nós merecemos. Valeu, meu irmão. Rock on!

irradiado por Ritchie [18 de ago 2007, às 08:40]

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sexta-feira, 17 de agosto 2007

Carlos 20 Anos


17 agosto 2007, Rio de Janeiro

Didática (poema de Carlos Drummond de Andrade)
[ Do CD: Reunião - o Brasil dizendo Drummond - ©2002 Luz da Cidade ]

irradiado por Ritchie [17 de ago 2007, às 20:16]

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terça-feira, 14 de agosto 2007

Elvis Não Morreu

Há uns dez anos, houve um recadastramento de todos os estrangeiros residentes no país, o que implicava na renovação da cédula de identidade e outros burocracias irritantes. Eu me lembro de ter passado muitas horas, tomando o inevitável chá-de-cadeira, no departamento de estrangeiros da PF do Rio.

Passaram-se ainda alguns meses até a chegada da carteira nova. Tomei outro chá de cadeira na fila da PF para apanhá-la. Cheguei em casa, chateado da vida e fiz a besteira de deixar o documento novo em cima da cama enquanto fui lavar o rosto no banheiro.

Quando saí de lá, nosso cão d'água português, Elvis - que sempre aprontava muito - estava em cima da cama, mastigando a carteira nova! Felizmente, o material era de um plástico resistente mas as marcas dos dentes dele ficaram justamente em cima da parte dos dados pessoais, tornando o texto praticamente ilegível.

Guardei a carteira na gaveta e, durante a década seguinte, passei a utilizar a de motorista como cédula de identidade para viagens de avião etc. Não pensei mais no assunto. Alguns anos depois do incidente, nosso querido Elvis teve uma doença grave e morreu. Fiquei arrasado mas, como o tempo cura todas as feridas, (pelo menos parcialmente), acabei, aos poucos, me conformando com a perda.

Na semana passada a carteira de motorista venceu e eu teria que voltar a usar a carteira de identidade. Para minha surpresa, vi que ela também havia vencida há quase um ano e meio.

Hoje de manhã, tive que ir novamente até a PF do Rio para renová-la. Um saco! Tomei outro chá-de-cadeira e ainda deram um jeito de sumir com o meu CPF lá dentro, na troca-troca de documentos.

Mas o que causou o maior problema foram as marcas dos dentes do Elvis. O Xerox saiu todo borrado, ilegível, claro, e a moça reclamou que não servia. Como tudo nesse país só funciona na base da propina e da emoção, prometi trazer um cd de presente se ela "aliviasse a minha barra". Deu certo, graças à deus. Passei a ser tratado a pão-de-ló. (Agora eu só preciso esperar outros 6 meses - sim, eu disse SEIS meses - para buscar a carteira).

Definitivamente, o Elvis não morreu. Ele continua aprontando muito, mesmo do além.

irradiado por Ritchie [14 de ago 2007, às 11:10]

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domingo, 12 de agosto 2007

Sons Dominicais XXIV

Amy WinehouseA moça é, sem dúvida, uma tempestade. Aos tenros 23 aninhos, a jovem Amy Winehouse é notícia em todo lugar, nem sempre pelos motivos mais nobres. Aqui em casa, ela conseguiu deslumbrar a todos, coisa rara, com a bela música que faz.

O disco, sugestivamente entitulado Back to Black, é de um típo que está em voga na Inglaterra no momento, ao reunir a modernide sonora - com bateria e loops em primeiro plano, junto com a voz - e um gosto nostálgico pela música do final dos anos '50 e o início dos '60. Amy consegue, no entanto, a proeza de soar totalmente contemporânea, mesmo com sua big band, na base de metais, sutíl e discreta, lembrando o som clássico de Motown e artistas como Dinah Washington, que é, evidentemente, a matriz inspiradora dessa cantora/compositora.

E que compositora. E que cantora! Amy desliza pelas notas com uma languidez que lembra a Billy Holliday na sua melhor fase. O efeito é eletrizante em contraste proposital com a precisão da banda, especialmente na faixa de abertura Rehab, onde ela canta, com humor e ironia, as frequentes internações, por abusos de alcool e outras substâncias, pelas quais já passou, (e continua passando, segundo o noticiário). A mulherada jovem de hoje pega pesada...

Nada disso tira o talento da moça, pelo menos por enquanto. Ouvir ela cantando Love Is a Losing Game, emociona qualquer um, eu garanto.

Ritchie recomenda!

irradiado por Ritchie [12 de ago 2007, às 17:59]

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sábado, 11 de agosto 2007

Refresh

Se você está vendo esta página num monitor convencional, é possível que nem notou a diferença. Mas diferença há.

refresh.gifPassei os últimos 24 horas dando um upgrade no look & feel do site. A página agora é centrada na tela, com tamanho fixo, o que torna o aspecto mais formal e, ao mesmo tempo, menos sujeito à surpresas desagradáveis no layout do texto. Enfim, achei que fosse a hora de mudar um pouco.

Procurei manter a aparência antiga do site, (pelo menos por enquanto), e descartei alguns menus superfluos da seção biografia, entre outras coisas.

Quem visitou o site nos últimos 24 horas, possivelmente teve problemas na navegação, devido à manutenção, envolvendo centenas de arquivos. Para estes usuários, recomendo dar um refresh na página ou, melhor ainda, uma limpeza no cache do seu browser. Se você não sabe, (ou não quer), fazer isso e ainda estiver encontrando problemas de visualização, feche e reabra o browser e quando você voltar à página, tudo deve estar novamente nos eixos.

Acho que o site ficou bem mais enxuto e agradável ao olhar. Estou certo ou errado?

irradiado por Ritchie [11 de ago 2007, às 17:05]

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quinta-feira, 09 de agosto 2007

Nova Galeria de Imagens

Implementei um novo sistema de navegação de imagens no site inteiro. O sistema anterior a este, de janelinhas típo popup, não era dos mais eficientes.

Agora ficou bem mais agradável aos olhos e o usuário pode navegar para frente e para trás numa série de imagens, sem ter que abrir e fechar cada janelinha individualmente.

Para navegar numa galeria qualquer, clique na metade esquerda ou direita da imagem ou utilize as teclas < e > do computador. Para fechar a galeria, clique no "X" ou digite X no teclado. Fácil, não?

Você tambem pode voltar à tela principal clicando na área escurecida da página em torno da imagem em exposição.

Dê uma rodada no sistema novo na demo.

Alternativamente, você pode testar o sistema numa galeria de fotos já existente ou na seção biografia do site.

Obs: O novo sistema funciona em todas as imagens ampliáveis do site e não apenas as galerias de fotos. (Veja por exemplo, o post anterior a este).

Enjoy!

irradiado por Ritchie [09 de ago 2007, às 10:38]

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quarta-feira, 01 de agosto 2007

Hat Band

Salve, navegantes...

Eu sei, eu sei, dei uma sumida. Não vou ficar aqui dando muita explicação. A verdade é que eu não tinha muita coisa pra contar de novo, não estou em turnê este ano e não sou da laia que faz do blog um confessionário ou um diário pessoal. E sabe como é, época de férias, ando meio afastado do computador.

Além do mais, estou compondo num ritmo frenético, sempre no violão. Tenho umas 14 músicas na manga e elas não param de surgir, pelo menos por enquanto.

Como já é de praxe, eu passo meses, às vezes até mesmo anos, sem escrever uma nota sequer e de repente, as idéias surgem em grande quantidade, todas num curto prazo de tempo e aparentemente vindo do nada, sem que eu tenho que exercer quase esforço algum. Nunca soube explicar isso, apenas sei que é esta maré que rege a minha vida e me faz artista.

O importante é saber reconhecer esses surtos raros e súbitos de criatividade. Tenho consciência de ter perdido grandes idéias, por não tê-las registradas de forma adequada na hora em que elas surgiam, pensando que elas ficassem para sempre gravadas na memória. Invariavelmente, a idéia é fugaz, efêmera. É preciso escrever, gravar, registrar aquele momento de alguma forma.

Ao mesmo tempo, as idéias realmente boas tendem a descrever uma espécie de órbita, voltando do "além", quase intactas, às vezes anos depois.

Certas músicas são feitas de uma vez só, em questão de minutos, outras levam literalmente anos para que sejam finalizadas. Do jeito que for, eu não me separo mais do meu gravadorzinho digital e quando a inspiração bate, estou sempre pronto para captá-la ainda na sua essência.

Pois bem, estou passando por uma fase dessas, criativa e meio solitária, como tem de ser nesses momentos. Peço desculpas se sentiram a minha falta. Juro que é para o bem maior de todos nós.

Pela primeira vez, estou aproveitando para já partir diretamente aos arranjos, no estúdio caseiro do tecladista e homem-multimídia, Humberto Barros. O que se iniciou como uma sessão demo está se tornando, aos poucos, a gravação do disco propriamente dito.

E antes que os mais afobados começem a perguntar quando é que vai sair o CD, já dou a resposta: eu não faço a m-e-n-o-r idéia. Digamos que vai sair quando ficar pronto e mesmo assim tenho ainda que decidir de que forma eu quero colocar o trabalho "no ar". Atualmente, as grandes gravadoras estão dispensando a maioria dos seus artistas e entrando em parafuso com a pirataria e outros malezas dos tempos modernos, inclusive a própria incompetência. Quero distância, pelo menos até a poeira se assentar.

Viva a independência!

irradiado por Ritchie [01 de ago 2007, às 14:13]

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