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sexta-feira, 27 de fevereiro 2009
Cão d'Água Português
Fiquei muito feliz ao ler, na Folha Online de hoje, que os Obamas vão adotar um filhote da raça Cão d'Água Português. Pois esta é a raça da minha querida cadelinha, Joaquina (foto). Antes dela, tivemos um macho da mesma raça, o Elvis, que faleceu há uns 6 anos. (Elvis é o cachorro cuja foto aparece no encarte do meu CD de 2002, Autofidelidade).
Pouca gente conhece esta raça maravilhosa, por ser muito rara no mundo, apesar do fato, pouco difundido, que a família imperial trouxe quatro exemplares ao Brasil no final do século dezoito. É também uma das raças mais antigas do mundo, com raízes traçáveis até o século 7 A.C., nos esteppes da Asia Central, onde originou. Foram os mouros que trouxeram a raça para a peninsula ibérica no século 8 D.C.
O Cão d'Água Português, como o nome sugere, era usado principalmente na pesca devido á sua grande capacidade de nadar e suportar temperaturas baixas. Dizem que um cão saudável desta raça consegue ficar até 8 horas seguidas nadando, em alto mar, sem se cansar. Em Portugal, os cães eram usados para levar mensagens, a nado, entre as barcas de pesca e ajudavam a induzir os cardumes em direção às redes.
Tudo isso mudou quando o ditador, António Salazar veio ao poder em Portugal, no ano de 1932. Sua meta era de modernizar o país e ele decretou que, na indústria pesqueira, o trabalho de cães, nas embarcações, fosse inteiramente substituido pelo uso do rádio. Com isso, o Cão d'Água Português perdeu seu "ofício" principal e, como não era muito cultivado como cachorro doméstico, caiu em desuso e quase foi extinto.
Dizem que, em 1972, havia apenas alguns poucos casais, de puro sangue, no mundo. Quem recussitou a raça foi um casal de americanos, que criou naquele ano, The Portuguese Water Dog Club of America.
É dessa matriz americana que procede a grande maioria dos Cães d'Água Portugueses sobreviventes no mundo. Espero que, com a escolha da raça pela família Obama, ela volta a ser popular.
É uma das poucas raças que não perdem o pelo e por isso é indicada para pessoas alérgicas, como é o caso da filha maior, (Malia, 10), do atual Presidente dos EUA.
quinta-feira, 26 de fevereiro 2009
Fotos Gravação DVD
Acima, fotos da gravação do DVD, gentilmente cedidas por nosso cameraman principal, Eron de Paula, que aparece em várias delas, carregando seu pesado aparelho de Steadicam. As fotos foram clicadas nos intervalos entre takes, nos testes preliminares de áudio e vídeo e na saída do estúdio após quase 20 horas contínuas de gravação.
segunda-feira, 23 de fevereiro 2009
Michiko to Hatchin
Quem acompanha meu blog sabe que, em novembro passado, eu gravei uma música para um seriado de Animê japonês, chamado Michiko to Hatchin.
Quem escreveu a canção foi o produtor e baixista, Kassin, de quem sou grande fã.
Pois agora o episódio em questão já passou no Japão, e alguém já postou no YouTube um bom trecho da música, junto com imagens do seriado.
Nem me pergunte do que se trata a cena, não faço a menor idéia. Sou apenas o cantor... *rs*
A música é cantada em português porque a história se passa no Brasil! Esse pouco, eu sei...
Assista ao Episódio 15, na integra, AQUI.
domingo, 22 de fevereiro 2009
Domingo de Carnaval
Hoje estamos na paz aqui na Fonte da Saudade.
Aqui não tem bloco, não tem desfile, não tem bebado na rua, não tem trânsito, não tem gente fantasiada...
Está uma delícia!
Posso ler e escrever à vontade, sem incômodos...
Posso tocar a minha música mais suave, sem gritos da vizinhança...
Posso pegar um solzinho na varanda, sem o barulho de ônibus.
Ahhh.... isto que é a vida!
Eu adoro Carnaval!
sábado, 21 de fevereiro 2009
David Norman Court
Hoje, 21 de fevereiro, é o aniversário de 25 anos da morte do meu pai.
Ele faleceu, subitamente, enquanto eu estava em turnê no Uruguai em 1984. Na época, não existia DDI naquele país. Nem existia celular. Para fazer e receber ligações telefônicas internacionais, era preciso alugar uma linha e esperar por duas ou três horas para poder fazer a conexão. Devido à minha agenda movimentada, minha mulher, que havia ficado no Brasil, não conseguiu me avisar da triste notícia. Quando eu voltei ao Rio, após uma semana, o seu enterro já havia sido realizado na Escócia.
Meu pai era um homem austero, militar e passava longos periodos da minha infância viajando a serviço da Sua Majestade, (ele era coronel do regimento de infantaria, The Queen's Own Buffs). Enquanto menino, eu sentia muito a falta da presença dele em casa e quando, aos sete anos, fui despachado para um colégio interno na Inglaterra, a distância me parecia ainda maior entre nós.
Eu só via minha família durante as breves férias de Natal e nos dois mêses de férias de verão, em julho e agosto. Isto continuou até os meus 18 anos, em 1970. Quando saí do colégio e fui estudar literatura em Oxford University, eu era um adolescente rebelde, totalmente apaixonado pela cultura pop/rock que tomava conta do mundo.
Meu sonho maior era me tornar um músico famoso, como meus heróis roqueiros, Jimi Hendrix e os Beatles. Meu pai nunca entendeu a minha vocação. Ele não aceitava que um filho dele pudesse jogar para o ar toda aquela educação privilegiada que ele havia me providenciado, com muito sacrifício financeiro etc., para que eu me tornasse um "simples músico".
o que ele não entendia, na verdade, era que aquela educação privilegiada me ensinou justamente a pensar por mim mesmo, a fazer as minhas próprias escolhas de vida. Tivemos muitos desentendimentos e, um belo dia, anunciei que havia recebido um convite para tocar numa banda de Rock no Brasil, (Os Mutantes), e que iria trancar a minha matricula na faculdade. Para ele, foi a gota d'água. Embarquei para o Brasil e passamos muitos anos sem nos falar.
Em 1980, minha mãe morreu e a minha filha, Mary, nasceu. Em 1983, meu pai soube do meu sucesso como cantor e veio ao Brasil para conhecer a netinha. Ele não quis ficar na nossa casa, preferindo se hospedar no Hotel Sheraton. Embora ele já estivesse bem doente, ele não dava o braço a torcer. No primeiro dia de sua estadia, um sábado, ele veio nos visitar em casa. Nessas alturas, eu estava estourando com a música "Menina Veneno" e precisei sair de casa para gravar o programa Cassino do Chacrinha. Meu pai ficou lá em casa, sentado no sofá, com a Mary no colo, e deixei a TV ligada na Globo para que eles pudessem assistir ao programa, que passava ao vivo no canal. Mal sabia eu que naquele dia eu receberia das mãos do Velho Guerreiro o meu primeiro disco de ouro pela venda de mais de 100,000 cópias da canção.
Quando eu voltei para casa, algo havia mudado. Meu pai sorria de orelha à orelha e falou que se orgulhava muito de mim e das minhas duras conquistas musicais. Foi nesse momento que fizemos as pazes. Ele voltou à Inglaterra e, segundo a minha irmã, jamais perdia a oportunidade de mostrar, orgulhosamente, meu disco para os amigos e familiares.
No dia exato em que ele faleceu, (e sem que eu soubesse do fato), tive um show agendado em Montevideu, Uruguai. A casa estava lotadíssima. Mas o sistema de som da casa emitia um ruido muito estranho, alto e contínuo, antes da apresentação. Ninguém da equipe de som da casa soube tirar o ruído, não havia explicação técnica para aquilo. Tentaram de tudo. Foi tão grave o problema que, em determinada hora, precisei anunciar para a platéia atônita que o show seria prorrogado para o dia seguinte. Quando voltamos ao teatro no dia seguinte, o som havia sumido, da mesma maneira misteriosa que apareceu.
Jamais descobrimos o que causou a interferência estranha mas nada nesse mundo me convence de outra coisa senão que era o meu pai tentando se comunicar, de uma vez por todas, com o filho dele.
sexta-feira, 20 de fevereiro 2009
Getting Ready to Rock'n'Roll
Pequeno vídeo rodado por Daniel Gordon, nosso intrépido baterista, durante a montagem dos equipamentos no estúdio Visom, R.J., onde gravamos o DVD.
Na Base da B12
A gravação do meu primeiro DVD, que começou na tarde do dia 18 e atravessou a madrugada, foi uma experiência única, inesquecível.
Foram quase 20 horas de gravação contínua no fabuloso estúdio Visom. Acredito que, modéstia à parte, conseguimos captar o registro de uma pequena obra de rara sensibilidade que vai tocar o coração de muita gente.
Todos os músicos brilharam. Foi um show de profissionalismo, resistência física e verve musical. Meu convidado especial, o saxofonista Rodrigo Sha, tomou um verdadeiro chá de cadeira, (devido a inúmeros problemas técnicos que assolaram o início das gravações, e à órdem prédeterminada de gravação das músicas). Mas, na hora agá, lá no meio da madrugada, ele fez muito bonito, acrescentando novos ares aos solos tão conhecidos de músicas como Menina Veneno e Pelo Interfone. Prestem muita atenção no nome deste artista e multi-instrumentalista talentosíssimo que surge agora no cenário carioca. Ele tem um trabalho solo lindo e é um músico excepcional.
Nosso baterista, Daniel Gordon, deu um show à parte. Minha ampla experiência nos estúdios de gravação, ao longo de quase 40 anos de carreira como músico, me ensinou uma coisa: se a bateria não estiver perfeita na gravação de base, não há nada que conserte isso depois, nem com todos os recursos técnicos do mundo. Pois o Daniel não só cumpriu o seu papel, como brilhou. Ao longo de uma gravação demorada e cansativa, numa agulhação quase que deshumana, ele manteve um pulso firme e forte, de uma musicalidade absurda. Foi mesmo emocionante presenciar o seu desempenho.
Lancaster demostrou toda sua criatividade nas linhas de baixo, colando na batida firme e forte do Daniel. Em conjunto, os dois fizeram uma "cozinha" rica e altamente vitaminada, criando condições sólidas de base para os vôos musicais dos outros músicos da banda.
Os meus dois guitarristas, Tavinho Menezes e Rodrigo Nogueira, também tocaram muitíssimo. Eles têm, cada um dentro de seu próprio estílo, uma sintonia quase que telepática. Tavinho, tirou um som limpo, clássico e cristalino, de técnica admirável e não decepcionou na hora dos solos enquanto o Rodrigo Nogueira, por sua vez, se destacou nas texturas processadas, sofisticadíssimas e altamente complimentares, que às vezes rivalizaram o som experimental de um dos seus gurus musicais, Jonny Greenwood, da banda Radiohead.
Meu co-produtor, Rodrigo Tavares, trouxe um verdadeiro arsenal de teclados analógicos e digitais para o estúdio e tocou muitíssimo, tecendo timbres de uma sensibilidade e bom gosto extraordinário, sempre evitando os clichês. Ele merece uma estrela maior por sua incansável dedicação ao projeto, inclusive nas longas horas de préprodução que antecederam os ensaios e a gravação do DVD. Sem a sua visão e preparação técnica e musical, jamais teriamos atravessado aquela noite com tamanho brilho. Para este companheiro de alguns anos de estrada eu realmente tiro o chapéu. Obrigado, Rodrigo. Você foi um copiloto exemplar nesse vôo longo e sem escalas.
A captação das imagens Full HD pela equipe do Canal Brasil, comandada com esmero pelo diretor Paulo Henrique Fontenelle, são um show à parte, de uma qualidade técnica e artística fora do comum.
O Samuel Betts, (Samuca para os amigos), o iluminador dos meus primeiros shows entre 1983 e 1987, voltou a encantar com suas texturas e projeções que fizeram o espaço reduzido do estúdio crescer à nossa volta. Ele criou cenas mágicas de luz para o hábil trabalho dos câmeras, estes liderados pelo incansável Eron, que carregou um pesado aparelho de Steadicam por horas e horas à fio. Quem viu as primeiras imagens sabe o quanto esta equipe trabalhou. Obrigado a todos vocês e à gracinha da Teresa Alvarez, (a assistente do Paulo Fontenelle), à Isabella da produção do Canal, à Rose, (nossa maquiladora simpaticíssima). Quero agradecer ao diretor de projetos do Canal Brasil, Carlos Wanderley, bem como às pessoas todas de sua equipe, que varreu a madrugada conosco. Meu abraço vai também para Paulo Mendonça, diretor do Canal Brasil, que acreditou desde o início nesse projeto e botou a mão no fogo para me dar esta oportunidade artística.
Quero agradecer, de coração, a toda a equipe incrível do Estúdio Visom, comandada pelo meu amigo e produtor, Carlos de Andrade, que soube conduzir com serenidade e conhecimento admiráveis, até nos momentos de maior frustração técnica, a difícil tarefa de captar o registro de áudio dessa gravação ao vivo. Obrigadíssimo também ao Ricardo Dias, nosso brilhante técnico de gravação, ao seu assistente, Leonardo Alcantara, ao coordenador de produção, Fernando Acar e aos assistentes de estúdio Ricardo Nogueira e Bia Escobar, (nossa querida "mulher claquete").
Honras ao mérito vão para nosso intrépido roadie, Junior Vernin, por 3 dias de trabalho intenso, quase sem descanso, na montagem e desmontagem dos equipamentos e pelos serviços atenciosamente prestados durante a gravação.
And last, but definitely not least... um obrigado todo especial ao incansável Lee Martinez, meu manager pessoal, por ter apostado em mim como artista e por ter ajudado tanto a transformar em realidade este meu sonho de longa data.
You guys rock!!!
UPDATE: Eu sabia que eu iria esquecer de alguém! Meu Thank You vai também para a Desirée, nossa fotógrafa e "mulher invisível", que bateu discretamente mais de 400 fotos durante toda a gravação e ainda fez os retratos da banda para a capa do DVD e do CD, logo no início da sessão.
quarta-feira, 18 de fevereiro 2009
terça-feira, 17 de fevereiro 2009
Caravana do Delírio
Gente, estou de volta! Olha, foi uma aventura e tanto, uma loucura até, eu diria.
O povo angolano nos recebeu de braços abertos. Parecia que eu estava revivendo o delírio de 1983. Eu nem imaginava que minhas músicas fossem tão conhecidas no país. Aparentemente, elas são praxe como tema de casamento em Angola. Todo ano inúmeros casais juntam os trapinhos ao som de Menina Veneno, acreditem se quiser.
A viagem em si não foi sem incidentes. Muito pelo contrário. Na chegada ao país, por exemplo, a oficial da alfândega local ficou com todos os meus documentos, passaporte, certidão de vacina contra febre amarela e tudo mais. Ela me informou que eu receberia tudo novamente ao chegar no hotel.
Horas depois, recebi o passaporte de volta mas estava faltando a minha certidão de vacina. Ela nunca mais apareceu, apesar dos esforços consideráveis do meu produtor e das autoridades locais. Ontem, ao tentar reembarcar para o Brasil, fui avisado que, sem a certidão, eu não poderia mais voltar para casa! Felizmente, um tal de Tio Zeca, irmão do contratante e manda-chuva local, deu um jeitinho, após muito protesto dos nossos organizadores. Afinal, como ele explicou às autoridades de saúde locais, se eu estivesse sem a minha certidão de vacina, como é que eu teria entrado em Angola?
Pensei que meus problemas haviam acabado mas, nesse entretempo, a moça que nos atendia no balcão do check-in conseguiu perder a minha passagem! Meia hora passou e nada. Só estresse. Aí, de repente, uma outra passageira brasileira, que nem era da nossa equipe, foi à balcão para devolver uma passagem "extra" que ela havia encontrado junto de seus documentos de viagem. Era a minha, claro!
Quase que eu não voltei ao nosso querido país do "primeiro" mundo...
Bom, esta é apenas a história do que rolou na entrada e na saída de Luanda. Nos próximos posts, eu contarei tudo sobre os shows (foram três) e sobre a calorosa recepção que nós tivemos do lindo povo angolano. Tenho muitas fotos, a grande maioria tirada na rua - fascinante - e algumas poucas dos shows, (minha equipe estava sempre resolvendo tantos pepinos que tirar foto era a menor de nossas preocupações).
Hoje começam as gravações do meu primeiro e tão sonhado DVD, aqui em terra brasilis. A banda já está se aprontando no estúdio Visom e, no final da tarde, eu irei lá para os primeiros testes de áudio. Mal posso esperar... Amanhã é o grande dia.
São muitas histórias que tenho para contar, muitas fotos para mostrar, (essa primeira de cima é apenas uma brincadeira, ok?). Fiquem bem ligados no Radar durante os próximos dias!
quarta-feira, 11 de fevereiro 2009
Luanda, Angola
Há uns meses, fomos procurados por um contratante de Angola para fazer uns shows na capital, Luanda. Não é a primeira vez que sou chamado para tocar neste país africano mas, por um motivo ou por outro, os shows nunca vingaram, eram sempre prorrogados para uma data futura.
Por isso mesmo, eu nem dei muita bola quando Lee me falou deste show. O tempo foi passando, começamos as preparações para a gravação do DVD e não se falou mais no assunto.
Agora, justamente quando eu pensava que eu teria um fim de semana livre de compromissos e ensaios para descansar a voz, o contratante de Luanda ligou novamente confirmando o show. Aliás serão dois shows, nos dias 13 e 14 de fevereiro, ou seja, depois de amanhã! (Dia 14 é dia de São Valentino, dia dos namorados em Angola).
Vou levar apenas dois músicos desta vez, os guitarristas Tavinho Menezes e Rodrigo Nogueira e faremos um pocket-show acústico de violões, flauta e voz. Na verdade será uma excelente oportunidade para acertarmos os detalhes dos vocais de apoio que estes dois músicos farão na gravação da semana que vem e para plantar as sementes de um eventual show meu, no ano que vem, com minha banda completa.
A última vez que fui à Africa (Quênia) foi quando eu tinha apenas dois anos. Nunca visitei a costa oeste. Vai ser uma nova experiência e um novo público pra mim. Depois da volta, eu conto tudo.
domingo, 08 de fevereiro 2009
Revista do Globo
Hoje saiu uma bela matéria de 4 páginas, a meu respeito, na Revista do Globo, escrita pela jornalista, Marcella Sobral.
A matéria abre com esta foto de Camila Maia e com a manchete que declara que eu passei os últimos anos "trabalhando como professor de inglês" - atividade que eu não exerço há mais de 25 anos - mas tudo bem, posso entender a confusão, este foi meu ofício ANTES de eu gravar meu primeiro disco solo em 1983.
Andei sumido da mídia, eu sei, e ela andou sumida de mim. Às vezes, isto dá uma embaralhada nos fatos. Só vocês, que me acompanham aqui no Radar, saberiam que eu gravei um disco, Autofidelidade, em 2002 e que eu não canso de fazer shows, Brasil afora, desde então, seja com minha própria banda, seja com a divertidíssima caravana que foi o G80.
A matéria na revista, que aparece na seção semanal, Pérfil, conta a história da minha vida desde os 5 anos, quando comecei a cantar em corais da igreja anglicana, até os dias de hoje, passando pelas bandas das quais participei, o sucesso do primeiro disco etc.
quarta-feira, 04 de fevereiro 2009
Don't Worry, Be Happy
Na medida em que vai chegando a data da gravação do DVD, começam a chegar junto as dúvidas: Será que esta levada está certa? Devemos usar este ou outro instrumento em tal passagem? Qual a guitarra certa para esta música? Qual é a melhor órdem de gravação das faixas? Quem vai executar este ou aquele solo?
Detalhes, detalhes... a cada dia surge mais uma porção. Nos primeiros ensaios estavamos apenas preocupados em achar a sonoridade ideal para a banda mas agora cada nota, cada batida, cada virada, cada timbre precisam ser acertados.
No fundo, eu acho que jamais estaremos inteiramente "prontos" para este DVD. Mas isto pode também ser uma dádiva à nosso favor. Ninguém de nós quer fazer um DVD engessado, previsível. Queremos que os nossos ouvintes/espectadores tenham uma experiência eletrizante e para isso, um pouco de adrenalina, de espontaneidade - até mesmo de dúvida - não faz mal algum.
terça-feira, 03 de fevereiro 2009
Chat Vírgula
Amanhã, quartafeira, 04/01/09, às 16hs, serei o convidado do chat no Vírgula.
Estarei esperando todos vocês lá, hein!
Pretendo falar um pouco de tudo, sobre minha vida artística, sobre o CD remasterizado, sobre o DVD que gravarei ainda este mês no estúdio Visom e, é claro, estarei respondendo às perguntas dos internautas.
Portanto, deixe marcado na agenda, faça o seu login bem cedo - o número de participantes é limitado, melhor garantir o seu lugar - e participe!
Até já...
P.S. Para quem não possa participar do chat ao vivo, sugiro enviar a sua pergunta antecipadamente. Entre no site da Vírgula para maiores detalhes).
domingo, 01 de fevereiro 2009
Fonte da Saudade
Ontem a natureza deu um show no final do dia.
Eu estava tocando violão no quarto e ouvi umas trovoadas bem de longe. Fui até a varanda para ver se precisava recolher os toldos e fui brindado com este espetáculo de sol e chuva.
Não é à toa que chamamos este Rio de Janeiro de "Cidade Maravilhosa"...