sábado, 18 de novembro 2006
A 1ª Banda Ninguém Esquece
Minha banda 1984 - Assuncion, Paraguai
[ foto: Paulinho Lima ]
Dia desses eu estive no Mistura Fina e encontrei um velho amigo meu, Nilo Romero. Nilo fez seu primeiro gig profissional - ele é um ótimo baixista - comigo no Morro da Urca, aqui no Rio em 1983. Depois ele tocou com Cazuza (ele é co-autor do hit, "Brasil"), com Kid Abelha, produziu vários artistas e hoje toca também com Paulinho Moska. Ele me contou que iria fazer shows de novo no Uruguai, onde haviamos tocado juntos em 1984. Fizemos, ao todo, mais de 140 shows juntos.
Ontem eu procurava outra coisa num armário do meu estúdio e dei de cara com esta foto acima. Me trouxe de volta as melhores lembranças. Estavamos em Assuncion na ocasião para uma série de shows na capital. Menina Veneno estava estourada nas rádios de lá mas, curiosamente, por não haver ainda um escritório da CBS no país, só se vendia fita K7 pirata nas lojas! E minha fita estava em primeiro lugar!
Bernardo Vilhena, co-autor de quase todas as minhas músicas da época, que também viajou com a trupe, andava pelas ruas reclamando em voz alta:
- Me segure, que eu vou ter um Stroessner!
:))
esq - dir: Sonia Bonfá, Nilo Romero, Fred Maciel, Nico Rezende, Chico Sá, Torcuato Mariano, Marisa Fossa
terça-feira, 07 de novembro 2006
Eu Não Sou A Menina Veneno
Mais um post na seção Pai Coruja.
Minha filhota grafiteira, Lynn, é destaque da coluna Gente Boa do Joaquim Ferreira dos Santos no jornal O Globo de hoje.
E para quem quiser conferir mais, a revista Vizoo deste mês traz um ensaio fotográfico de oito páginas com ela.
Agora... onde é que eu deixei aquele meu babador?
segunda-feira, 06 de novembro 2006
O Mundo Está Fervendo
Hoje no Mistura Fina, Rio de Janeiro
Quem conhece meu CD mais recente, Autofidelidade, sabe que Humberto Barros é um dos melhores e mais requisitados músicos do circuito. Seu domínio do orgão Hammond é lendário no Brasil. Fora isso, ele pilota, há mais de 10 anos, os teclados do Kid Abelha. Por isso não hesitei quando ele me chamou para participar do lançamento do seu segundo CD solo, O Mundo Está Fervendo, que vai rolar hoje à noite no Mistura Fina da Lagoa.
Devo cantar uma pérola dos anos 60, You've Lost That Loving Feeling dos Righteous Brothers e mais outra música do meu próprio repertório, Casanova, (esta última, uma escolha do Humberto).
O estresse e a correria desses últimos dias (veja o post anterior) tem afetado um pouco a minha saúde e acordei ontem com uma gripe daquelas. Só espero que isto não afeta demais a minha voz. Acho que alguns litros de água mineral e uma boa aquecida nas cordas vocais antes de entrar no palco vai resolver o problema. Espero que sim, porque quero me divertir e não decepcionar a platéia e o anfitrião da festa.
domingo, 05 de novembro 2006
Uberlândia/João Pessoa
[ fotos: Ênio Martins ©2006 ]
Que maratona!
Tudo começou em Uberlândia, sem maiores incidentes. Eu e Kid Viníl fomos um dia antes do primeiro show para fazer visitas às rádios e TVs locais. O show foi bom mas por ser véspera de feriado, muita gente havia viajado para fora da cidade e o público foi bem menor do que o esperado. O Acrópole é um lugar grande com capacidade para quase 5 mil e a lotação da casa estava apenas pela metade. Mesmo assim, fizemos um bom show e quem estava lá se divertiu pra valer.
Nosso vôo para João Pessoa estava marcado para 4 da manhã então saimos correndo do show para o aeroporto com tempo apenas para um rápido banho no hotel. Chegando lá, fomos informados que o vôo que nos levaria para São Paulo, onde fariamos conexão, havia sido cancelado. Ficamos muitas horas na espera de outro vôo e com isso ficou evidente que não iriamos chegar em João Pessoa a tempo para nosso show no final da tarde (fariamos uma apresentação durante um desfile de moda - um megaevento de 5 dias com um artista diferente a cada dia). Desesperados, ligamos para o contratante local expondo o problema. Este insistiu que fossemos para lá de qualquer maneira, nem que fosse para dar uma palinha no show do dia seguinte, que seria do meu amigo, Leo Jaime. Mas ao chegar em São Paulo, fomos "brindados" com outros atrasos.
Foi decidido que a minha banda ficaria em São Paulo e eu, Enio, (meu manager), Aureo, (meu tecladista) e Nelson, (meu roadie), seguiriamos na viagem. Eu tocaria com a banda do Leo que já conhecia boa parte do meu repertório dos shows que faziamos juntos na turnê do G80.
Mesmo assim, só foi possível chegar em João Pessoa na madrugada do dia 03, já com o sol nascendo! Eu já estava exausto e com medo de não ter voz para cantar. Fui para o hotel e finalmente consegui dormir um pouco. Acordei razoavelmente bem e, milagrosamente, com a voz intacta.
O show, feito meio de improviso - já que não sobrou tempo nem para um breve ensaio com a banda do Leo - acabou dando muito certo. O público, muito participante, ajudou a criar um clima de festa e a beleza das modelos, que desfilavam em torno do nosso palco, foi um colírio para nossos olhos cansados.
Terminado o show, só deu tempo para um rápido banho e lá fomos nós novamente para o aeroporto. Por sorte, nosso vôo estava sem atraso desta vez e 5 horas mais tarde eu estava em casa no Rio, na minha própria cama, dormindo o sono dos justos.